sexta-feira, maio 29, 2009

Troca-troca da véspera... prato de sustância ao almoço!

E o ar de contentamento (quase felicidade) com que nos servem um crime fresquinho. À hora de almoço.

A notícia vinha da madrugada. Mas, para ser convenientemente degustada, precisava de umas imagens no local e de umas testemunhas oculares (desta vez, pelo menos uma ou duas ate tinham óculos!).

Passemos à Sorte Grande das televisões neste princípio de tarde. A SIC abriu com isso, as outras não reparei. Uma história curta e de fácil entendimento:

Uma cáfila de amantes do Jogo da Bolha reuniu-se em conclave para umas compras e vendas. À socapa – como resulta da ilegalidade de um negócio que dá para limpar tudo o que seja dinheiro sujo (da droga à prostituição, das armas até aos, ainda, mais desprezíveis tráficos).

Gente fina, uns 700 mânfios, se calhar… alguns acima de toda a suspeita.

Estavam eles no troca-troca, entram mais 3 do mesmo jaez, dizem que são polícias e “está tudo preso!”.

Nestes casos, a consciência pesada até dá asas às pernas. Cada um pira-se como pode, os polícias de brincar sacam mais de um milhão de euros e desaparecem sem esperar que cheguem os polícias a sério.

O interessante deste caso… é que não há caso: nenhum dos cidadãos aliviados dos seus euros vai apresentar queixa (se calhar ainda teria de explicar de onde veio o dinheiro que voou).

Longe de aplicar a máxima ladrão que rouba a ladrão tem 100 anos de perdão, a SIC lá encontrou matéria para abrir o noticiário das 13h00...!

O país segue dentro de momentos.
Bookmark and Share

domingo, maio 24, 2009

Oleiro

Saído da terra,
contém todas as formas
que hão-de revelar-se
com o “sopro da vida”
de mãos e de dedos.

É o barro!
Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Patalim pode ser nome de olaria... mas é, sobretudo, designação de extirpe de oleiros, qualificativo de mãos e artes.

Quando ao dedos percorrem o barro e lhe dão forma e sentido...

Aqui, é Alentejo.
Aldeia oleira Corval,
com Monsaraz à vista e
o Grande Lago por perto.

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

E o barro se faz prato, travessa, bilha, galheteiro...
E o barro se faz objecto utilitário ou peça decorativa.
Ainda na esperança das cores e do abraso do forno...


Passado o afago dos dedos, inventadas as formas... é aqui que o barro se veste de cores: E mãos de mulher...
pincelam-no de vida.

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Traço a traço, cor a cor, forma a forma... é o mergulho nas memórias que dos árabes vieram à mistura com geometrias e jogos.

Como se fora um bordado ou uma renda...


Ou quase só... umas flores. Ramo de mão cheia, viçoso e acabado de trazer do campo, ao centro. E corolas outras, esvoaçando em volta.

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Tudo em tons quentes de Alentejo.


E a ingenuidade deste fundo prato?


Nas calmas do Verão, há-de valer o barro.
Para a água, para o vinho, que irá refrescar gargantas e acalmar securas.
De todos os tamanhos e ambições...

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Junto à boca do antigo forno (que técnicas mais recentes converteram em elemento decorativo) alinham-se peças à espera de quem por elas se apaixone e... as queira levar consigo.


Porque é isso a vida do barro e...
do oleiro.

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval


Sorte diferente das rejeitados, recusados ou com defeito.
Sacrificadas na procura da perfeição, feitas desperdício, no canto que as levará ao lixo.

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Rui Santos, 31 anos de idade, oleiro desde os 14…
mas com toda uma infância a brincar o barro na oficina fundada pelo avô,

É o mais jovem oleiro
do Corval.



Palavras de Filomena Afonso
para umas belíssimas imagens de Zé Mendes


Passeio de Jornalistas nas margens
do Grande Lago

quarta-feira, maio 13, 2009

Trancoso

No rasto de uma profecia de Bandarra, na esteira de antigos vestígios Judaicos, uma vila medieval, uma paisagem de sonho e... uma cozinha de estalo!


Desta vez o Passeio de Jornalistas desafia para uma incursão a Trancoso.

Não fazemos profecias (não temos os dons do mestre Sapateiro Bandarra, natural daquelas terras) mas prometemos um fim de semana de magníficas paisagens, com um riquíssimo património histórico e uma sedutora moldura gastronómica.

15/16/17 - Maio - 2009



PASSEIO DE JORNALISTAS
em Trancoso