escondo-me no saco dos brinquedos: ainda aí guardo esperanças e segredos fechados a sete chaves. deles por enquanto nada direi - quero-os irredentos puros (sagrados) como serão os corpos nos noivados e são as mulheres que eu amei.
escondo-me mas não deserto. fico à espreita na tocaia a que me dedico sempre à espera de novidades. sei que virá o tempo de abrir o saco e sacar lá de dentro outro pacto com a chuva com o sol e com o vento.
eu sei: virá o tempo. e então direi quanto esteve sufocado e conservei com força de medrar e viço e alma. direi o chão da aventura regada pela viva água da ternura onde por nossas mãos brotará o pão.
eu sei: virá o tempo. |
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